Encontro no Vaticano
Santo Padre também falou da necessidade de um espírito de unidade e comunidade entre os diversos componentes da educaçãoDa Redação, com Rádio Vaticano
Sala
Paulo VI lotada durante encontro entre Papa Francisco e alunos de
escolas jesuítas nesta manhã, 7. Foto: L’Osservatore Romano
A Sala Paulo VI, no Vaticano, ficou
lotada na manhã desta sexta-feira, 7, com a presença de 9 mil alunos,
ex-alunos e professores de colégios jesuítas da Itália e da Albânia que
se encontraram com o Papa Francisco. O Santo Padre falou às crianças
sobre liberdade e convidou-as a serem “campeãs no serviço aos outros”.
Acesse: Discurso do Papa NA ÍNTEGRA
Francisco expressou sua felicidade pelo
fato do encontro coincidir com a solenidade do Sagrado Coração de Jesus.
Ele havia preparado um discurso, mas o dispensou e falou
espontaneamente, dando espaço para as crianças fazerem perguntas e tecer
com elas um diálogo. No resumo de seu discurso, o Papa se concentrou em
dois valores em especial: a liberdade e o serviço.
O Santo Padre explicou que liberdade não
é fazer o que se quer, mas sim saber refletir, avaliar o que é bem e o
que é mal e optar sempre pelo bem. “Escolher o bem fará de vocês pessoas
com uma coluna dorsal forte, que sabem enfrentar a vida com coragem e
paciência”.
Sobre o serviço, o Papa falou que nas
escolas este se traduz em abrir-se ao próximo, aos mais pobres, a
trabalhar para melhorar o mundo. “Sejam homens e mulheres com os outros e
pelos outros: sejam campeões no serviço aos outros”.
Aos educadores: “educar é uma atitude”
Antes de terminar, Francisco levou uma
palavra de encorajamento aos professores, trabalhadores e pais,
destacando que educar não é uma profissão, mas uma atitude, um modo de
ser.
“Para educar é preciso sair de si mesmo e
acompanhar os jovens lado a lado com eles, dando-lhes esperança e
otimismo para seu caminho no mundo. Ensinem-lhes a ver a beleza e a
bondade da Criação e do homem, mas principalmente, sejam testemunhas com
a vida daquilo que ensinam! Sem coerência não se pode educar!”.
Papa Francisco em contato direto com as crianças de escolas jesuítas que foram ao seu encontro. Foto: L’Osservatore Romano
Francisco também recordou que deve haver
um espírito de unidade e comunidade entre os diversos componentes da
educação. “O objetivo único é formar e ajudar a crescer pessoas maduras,
simples, competentes e honestas, que saibam amar com fidelidade,
vivendo a vida em resposta à vocação de Deus e a profissão como um
serviço à sociedade”.
Por fim, o Santo Padre saudou todos,
citando especificamente os representantes da Rede ‘Fé e Alegria’, que
realiza um trabalho entre as populações mais pobres da América do Sul, e
a delegação do colégio albanês de Scutari, que retomou suas atividades
em 1994 depois de vários anos fechado por causa da repressão no país.
Este Colégio acolhe e educa jovens católicos, ortodoxos, muçulmanos e
provenientes de contextos agnósticos.
“Assim a escola se torna um lugar de
diálogo e confronto sereno, promovendo comportamentos de respeito,
escuta, amizade e espírito de colaboração”, afirmou Francisco,
concedendo todos a sua benção.